Onde fazer piercing e tatuagem em Paris?

Fazer um tatuagem ou piercing em Paris, eis a questão


Passando por mais uma crise da segunda idade, decidi fazer um piercing. Diferente da tatuagem que aqui é algo muito exótico, diferente, selvagem (em breve um post sobre minhas tatuagens e Paris, a treta eterna), piercings, principalmente na orelha e no nariz são até bastante comuns, principalmente os pequenos nos narizes das moças.

Decidi de uma hora pra outra e como sou muito #vidaloka, entrei no primeiro estúdio que vi na frente, aliás, é quase o único estúdio que dá vontade de entrar, o Gevy.

Sério que a Pres. Dilma tem um piercing? #vidaloka #étois


Antes de contar como foi fazer o piercing, vou contar porque eu nunca fiz uma tatuagem em Paris e pretendo nunca fazer:

Primeiro é caro, mas depois de economizar alguns euros, fui ao primeiro estúdio, na Bastille (perto do Tape Bar). Eu entro, a mina me mede, eu explico para ela o que eu quero. Ela diz que eu preciso marcar um dia para mostrar o desenho e depois marcar outro dia para fazer a tatuagem. Broxei. 

Eu sou tatuada, acho importante ter um mínimo contato digno com um humano que vai marcar o meu corpo para sempre. Mas aí é pedir demais de Paris.

Fui num segundo estúdio, uma das filiais do Geny, onde eu acabei fazendo o piercing anos depois. A burocracia e frieza dos presentes me colocaram para fora da sala de espera antes mesmo de olhar um livro inteiro de tatuagens de borboletas. 

Passei por mais um estúdio, perto da rue Saint Denis, e o cara…ai o cara…tipo, sabe gente que não quer trabalhar mas trabalha? Tipo assim, ele não estava nada afim de tatuar ninguém.

Moral da história: prefiro fazer uma tattoo na Augusta, na Galeria do Rock, na Tailândia, onde acabei fazendo, ou em NY, onde você pode pagar a tatuagem com um voucher do Groupon.   

Voltando ao piercing. Tá, eu já sabia que não ia encontrar respeito nem dignidade, mas fui assim mesmo. A mina que ia me furar emanava a energia positiva de um porteiro de um prédio abandonado na antiga União Soviética. 

Eu persisto, entro na loja e mostro meu piercing recém comprado. Ela diz:

- Você só pode colocar esse piercing daqui a quatro meses.
- Oi?
- Você só pode colocar esse piercing daqui a quatro meses.
- Não entendi, tenho que esperar quatro meses para furar?
- Você só pode colocar esse piercing daqui a quatro meses.
- Será que você poderia parafrasear de outra forma, primeiro porque você não é um putain de um robô, segundo porque eu nunca coloquei um piercing, não sei como que é…

Sabe aquela hora que o computador ganha vida e chora? Foi isso, ela se humanizou e explicou que o furo é feito com um pontinho de strass e depois de quatro meses de cicatrização, eu posso colocar o piercing que eu quiser. Ahhh entendiiii…. Bora lá?

Descemos até a sala de aplicação. Me posicionei e a dor que eu senti por cinco segundo durou mais do que os três segundos que ela levou para furar meu nariz. E foi assim, rápido, com dor, mas frio e calculista como deve ser, afinal, estamos falando de um furo no meio da cara.

Então, se quiser fazer um piercing em Paris, faça, fazer o quê.

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